sábado, 1 de dezembro de 2012


Bom, foi tomada a corarem e como homenagem irei destacar uma pessoa que a princípio não tem uma importância direta em minha vida, porém foi o "pé na bunda" inicial para eu compor o meu "blog": Paulo Roberto. 

Como afirmei na introdução, a figura desta pessoa é totalmente desconhecida, mas de suas palavras talvez eu possa falar. Um escrito autodidata, de uma inspiração fenomenal, Paulo é um garoto "que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones". Estamos, geograficamente,  próximos e distantes, pois moramos e compartilhamos um vivencia em comum: fomos criados nas ruas de São Gonçalo, "respeitando a regra de não jogar a bola no sentido contrário quando jogamos no morrinho". Acho que compartilhamos de um ideal em comum quando falamos do "campus do Gragoatá": Paulo também faz o mesmo curso/faculdade que eu: o temeroso e misterioso curso de ciências sociais. Conhecemos-nos numa turma de Sociologia III e logo de cara vi que poderíamos compartilhar de um gosto em comum: o rock. Volta e meia eu ia de propósito com a minha camiseta do Black Sabbath (com a capa do álbum Paranoid) só para ver se ele iria também com sua do Black Sabbath (capa do Heaven and hell).

 Quando nos conhecemos de fato eu queria sugá-lo, pois ele afirmaria ter uma discografia em grande escala e, quase que semanalmente, eu o pediria para que compartilhasse de tal discografia. Confesso que Paulo compartilhava muito mais coisas do que eu a ele, mas... deixa essa parte em branco. Tivemos conflitos: sim, tivemos sim! Quem do grupo de trabalho de estatística não se lembra do seminário (no meu caso um milagre ou uma "sessão de possessão", pois confesso que não havia estudado adequadamente e que não me lembro de uma palavra se quer do que eu disse durante o seminário). Tivemos uma relativa desavença, mas passageira. E o tempo passou, e custou a passar... A greve. Durante o período de "trevas" conheci o seu blog e me encantei com a sua forma simples e direta de abordar os fatos que vivencia, sem demandas, sem remelexos, escreve para todos. Há uns dois meses atrás, durante uma de minhas leituras em seu blog, surgiu-me uma inspiração e uma vontade: "... porra, porque não criar o meu blog? sei lá, acho que posso compartilhar minhas bobagens”. Tive uma primeira tentativa falha, cheguei até a fazer tudo que precisava, mas na hora do "vamo ver" eu "caguei". 

Mas essa semana tudo fez sentido. Paulo escreve com uma intenção muito clara e, nessa semana em especial, ele fez agitar uma onda no "bloco N". Paulo publicou uma de suas aventuras literárias em uma "revista dos alunos de ciências sociais". Bom, senti um ranço amargo e doce quando li a sua publicação: amargo pelo fato de ter sido publicada numa "revista" de pessoa que não sabem apreciar a intenção de escrever de um autor (eles só querem criticar e ver o circo pegar fogo, ou seja, uns bossais) e doce pelo tato que o texto traz e principalmente a vontade de dizer o que muitos pensam, mas poucos tem a coragem de dizer: sobre o carnaval do bloco N, onde muitos se vestem de uma roupagem específica de retalhos e trapos, ou se transformam em uma persona que se chama "mendigo" ou, como bem destaca Paulo, "a moda do ser pobre". Bom meu caro e amigo Paulo, essa homenagem se tornou também um proteste junto ao teu, que como amigo que considero muito, tomei a coragem de "colocar o dedo na cara daquela estátua" chamada ICHF e agora quem quer ver o circo pegar fogo sou eu, pois como eu havia falado com outro amigo é muito fácil você crucificar uma pessoa e logo após enfiar-lhe uma lança nas costelas. Por isso Paulo, o meu muito obrigado por suas palavras invisíveis.

Um comentário:

  1. Querido amigo Betão, fico muito honrado de vc ter feito seu primeiro posto sobre mim. Fico muito feliz por receber essa homenagem de uma pessoa que tanto admiro, não só na UFF como também fora dela.
    Use bastante o blog, faça ser o seu espaço! Sempre que tiver textos novos vc pode contar comigo aqui para ler!
    Não se esqueça que tudo o que vc fala aqui se torna público, tome cuidado com o que fala, mas nunca deixe de falar o que pensa e nem de respeitar a posição alheia!
    No futebol, quando um jogador quer chutar a bola, mas sem querer chuta a canela do adversário é falta! Mesmo sem querer é falta. Mesmo sem querer o bico na canela do adversário o fez sofrer. Quando abordei a questão da maconha em meu texto pra revista, tentei fazer de forma que não ofendesse ninguém, mas que por um erro meu acabei ofendendo. Foi sem querer, não penso mal de que faz uso, de verdade mesmo, mas mesmo sendo sem querer fiz falta, peço desculpas e acho justo receber o cartão amarelo.
    Falei isso tudo porque as vezes a gente erra, escreve demais e precisa dar um passo atrás e se desculpar. Esteja preparado pra isso!
    Mas não tenha medo de falar, de apresentar um lado das coisas que as pessoas não tenham visto, como a questão da probreza que eu falei e que muitos possuem vontade de falar!
    Vc é um cara que tem muito a dizer, tem conteúdo! Só tenha em mente que no ICHF, qualquer um que pondere, que pense e que questione é visto como chato, bobo e feio! Se vc não concordar com alguma coisa e criticar será "reacionário"!

    Mas, como dizia o velho filósofo: "eu quero mais é que o mundo se exploda e que meu pau cresça"!

    Parabéns pelo blog, serei seu leitor sempre que houver textos novos! Obrigado pelas palavras, fiquei honrado!

    Forte abraço, Betão!

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